olhos

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Monday, January 26, 2009

Despertar...

No Vasco da Gama, ao passarmos pela montra da Berschka, reparei que estavam os manequins todos despidos com uns painéis de "saldos" em frente do corpo (com as cabeças a espreitar por cima). Disse ao G:

- Olha, os senhores estão nus. Esconderam-se ali atrás.

Ele ficou a olhar. Continuámos a andar e ele a andar para a frente e a olhar para trás (como faz tantas vezes apesar das turras que já deu). Reclamei com ele e ele responde muito calmo:

- Estava a tentar ver as maminhas da miúda.

Thursday, January 22, 2009

Namorados e beijos na boca

O pai foi despedir-se da D e de mim à casa de banho. Deu-lhe um beijinho a ela e um beijo na boca a mim. Como é hábito, a D ficou toda envergonhada de ver os pais beijarem-se. E diz-me:

- Os namorados dão beijos na boca.
- Pois é. O papá é namorado da mamã. - disse-lhe eu.
- Eu é que sou! - diz-me ela.
- Namorada do papá?
- Não! Tua. - e fez um beicinho.
- Queres um beijinho? - ela fez que sim com a cabeça.

Dei-lhe um beijinho na boca. Ela diz muito depressa:

- O mano também quer! E depois vai dizer blhéc.

Grande trabalheira

No carro, G conta-nos o seu dia de escola...

- Ah! E a R (a professora) não me deu o fio de lã que eu fiz! Eu fiz e ela pediu-me e depois não me deu.

Ficámos intrigados - "Fizeram um fio de lã? E foi assim tão difícil?". Pergunta-lhe o pai:

- Então e não podes arranjar outro? Como é que o fizeste?

Diz o puto:

- É fácil! Olha, pegas num novelo e puxas. Depois pegas numa tesoura, cortas. E já está!

Wednesday, January 21, 2009

Saturday, January 17, 2009

Um novo mundo... com a leitura.

G já anda de olhos postos em tudo a ler as coisas mais estranhas pela rua...

No outro dia diz calmamente ao olhar pela janela do carro:

- Olha, a Diatra!

Pedimos-lhe que repetisse não sei quantas vezes até decidirmos olhar e era uma loja com esse nome. E ele a fazer-se de entendido (como se conhecesse e estivesse a falar de algo muito banal!).

Ao jantar, há uns dias, enquanto G se esforçava por ler qualquer coisa estranha de um rótulo de uma garrafa, diz-lhe o papá:

- Já que queres tanto ler, porque não lês uma história de um livro?

- Não quero, eu quero ler coisas "a sério".

Thursday, January 15, 2009

Comer gominhas... mas com respeito!


No dia 13 o melhor amigo da D fez anos (4 já!) e ofereceu aos amigos aqueles famosos saquinhos com doces.

Levámos o saquinho e a D, depois de designar o chupa para o mano, resolveu pedir-me uma goma. Dei-lhe um ursinho cor-de-laranja. Ela pegou nele e disse-lhe:

- Olá! - e o ursinho respondeu (numa voz fininha):
- Gosto muito de ti. - e ela perguntou-lhe:
- Posso-te comer?

O ursinho cor-de-laranja respondeu que sim e ela comeu-o. Depois pediu-me outro. Dei-lhe um azul. Passou-se a mesma cena. O terceiro, o ursinho vermelho, já não lhe disse que gostava dela. E, depois de já ter respondido que ela o podia comer, aproveitou a confusão do "põe na cadeira do carro, aperta cintos", para saltar da sua mãozinha e escapar-se.

Foi um ursinho muito maroto e ainda viveu mais essa noite. Encontrámo-lo de manhã e ele cumpriu o que já tinha prometido: deixar-se comer pela D.

Ela tão querida, com tanto respeitinho e este abusado aproveita-se!!! Ele há coisas!!!

Wednesday, January 14, 2009

Pedir uma pizza

Às vezes não apetece mesmo fazer jantar...

Então podemos pedir uma pizza.

A primeira vez que o fizemos o G estava a estranhar ninguém se estar a preocupar com o jantar. Não me viu telefonar e nós só lhe dizíamos que não queríamos fazer jantar, não nos apetecia...

A certa altura, tocam à porta e vem um senhor entregar uma pizza! E diz o G:

- Que sorte!! Logo hoje que não tínhamos jantar!!!

Ele tinha uns 4 anitos... Nem sei dizer se ele agora já sabe o que acontece realmente...

Friday, January 9, 2009

Conversas de jantar...

I. Adivinhas

A tentar adivinhar um filme que o G tinha visto na escola, a D decide participar:

- Eu também tinho* um filme de música...
Com um senhô vêde e um olho gande...
E uma boneca...
Que sou eu!

Adivinharam o filme dela?

II. Milagres da criação

D: - Eu estavo* na barriga da mamã.
Papá: - Pois. E o G também.
D: - Não, o mano estava na tua.
Papá: - Na minha não, a minha só serve para ter o umbigo.
D: - Sim, sim, puque eu é que sou a amiga da mãe e o mano é o teu.

*ver post sobre Conjugação verbal de 26/11/2008